O movimento ESG (Environmental, Social and Governance) , que em português significa Meio Ambiente, Social e Governança, representa uma quebra de padrão na forma de fazer negócios pelas empresas, que agora enxergam a sustentabilidade como tema prioritário.
Mas afinal, como o ESG funciona na prática? Acompanhe a leitura e veja tudo o que você precisa saber sobre o assunto!
O que é ESG?
ESG é um conjunto de boas práticas, que as empresas utilizam para guiar seus investimentos, decisões e ações. Essas práticas seguem alguns pilares, que se materializam em cuidado com o meio ambiente, pessoas, e gestão organizacional.
O termo surgiu pela primeira vez em 2004, mas só nos últimos anos, em decorrência de questões emergenciais, como as mudanças climáticas — tema amplamente debatido nas principais reuniões da ONU (Organização das Nações Unidas) — que as práticas EGS ganharam visibilidade.
Nesse contexto, os hábitos de consumo também mudaram. Uma pesquisa realizada pela agência norte-americana, Union + Webster, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), mostrou que 87% da população brasileira prefere comprar produtos e serviços de empresas sustentáveis. Ademais, 70% dos entrevistados não se importam em pagar um pouco mais por isso.
Além do aspecto ambiental, a sociedade também tem se mostrado cada vez mais preocupada com valores sociais e de governança. Socialmente, tornou-se indispensável garantir um ambiente corporativo diverso. No que diz respeito à governança, passou-se também a prezar ainda mais pela transparência e honestidade nos negócios.
Entenda mais cada uma das letras de ESG
- O “E” está relacionado aos impactos ambientais das empresas. A sustentabilidade pressupõe uma mudança nos modelos de negócio para que eles reduzam, ou até mesmo extingam, os impactos negativos causados ao meio ambiente.
Compreende desta forma, a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa, o uso frequente de recursos naturais nos processos de produção (em termos de gasto de energia, água ou materiais, por exemplo), a diminuição da poluição e gestão de resíduos e efluentes (como derramamento de óleo).
- O “S” está relacionado aos fatores sociais, abrangendo a relação da empresa com seus colaboradores (políticas e relações trabalhistas, por exemplo), clientes e sociedade. Inclui-se aqui, todos os esforços da companhia para manter os trabalhadores leais e os clientes satisfeitos.
Outro aspecto importante dentro de “social” está relacionado à diversidade e a inclusão, onde o ponto focal deva ser a construção de uma cultura de trabalho respeitosa e inclusiva.
- Por fim, o “G”, está relacionado aos mecanismos tradicionais de governança corporativa, que fazem com que a administração atue no melhor interesse de seus acionistas de longo prazo, o que inclui resguardar determinados direitos, manter o conselho em bom funcionamento, ter políticas bem projetadas de remuneração de executivos e de prevenção de práticas ilegais, como fraudes e suborno — o que conhecemos também como compliance.
Além disso, práticas contábeis transparentes e oportunidades amplas de voto aos acionistas em temas importantes são relevantes. Engloba-se ainda a necessidade da diversidade e inclusão (gênero, raça, idade, orientação sexual, entre outros) no conselho de administração, na gestão e nos processos corporativos.
A importância do ESG para o futuro das empresas
A maioria das empresas, independentemente do ramo de atuação, já entenderam que adotar as práticas ESG é crucial para a sobrevivência do negócio.
De acordo com um levantamento feito pela CECP (Global Impact Scale: Corporate Purpose), 7 em cada 10 organizações já estão integrando critérios ESG para avaliar o desempenho e a remuneração dos funcionários, especialmente os de nível sênior. Nesse mesmo contexto, 72% das empresas também aumentaram a quantidade de relatórios socioambientais.
Os negócios que desejam prosperar nos próximos anos precisam mudar seus formatos de atuação. Tão importante como objetivar os lucros, será impactar e gerar valor para toda a cadeia afetada, direta ou indiretamente, pelo sucesso da companhia, como os colaboradores, os fornecedores, os consumidores, as comunidades locais e até mesmo o governo e os concorrentes.
Dessa forma, o lucro deixa de ser o objetivo principal e se torna consequência natural do investimento na implementação e na manutenção das práticas ESG nas organizações.
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