Kátia Teixeira, empresária, apresentadora de TV, mentora das mentoras e pioneira no combate ao wollying no Brasil, recebe Daniel Tavares para uma conversa sobre os rumos e desafios do setor de mineração.

Graduado em Engenharia de Mineração pelo Instituto Federal do Espírito Santo, o   CEO da Daniel Tavares Consultoria e da LabMine, empresas de referência em consultoria e pesquisas na área de mineração, atuando tanto no mercado interno brasileiro quanto em assessorias internacionais, Daniel também preside a Associação Capixaba de Engenheiros de Minas (Acemin).

Daniel começou explicando que seu interesse pela mineração surgiu de maneira inesperada. Inicialmente, pretendia seguir a carreira de engenharia civil, mas a oportunidade de estudar engenharia de minas no Instituto Federal do Espírito Santo o levou a descobrir uma nova paixão. Hoje, Tavares possui mais de uma década de experiência no setor.

O presidente da Acemin destacou que o mercado de mineração em 2024 é moldado por tendências globais e desafios. As práticas de governança ambiental, social e corporativa (ESG) são prioritárias, especialmente para grandes empresas que buscam atrair investidores e manter suas licenças operacionais. A adoção de novas tecnologias é essencial para aumentar a produtividade e reduzir custos operacionais. No entanto, a escassez de mão de obra qualificada e os altos custos de capital continuam sendo obstáculos expressivos.

O especialista explicou que existem diversos caminhos para ingressar no setor de mineração, pois atuar como minerador pode ter altos custos e riscos, mas também oferece grande potencial de retorno financeiro. Alternativamente, é possível trabalhar para uma empresa de mineração, seguir uma carreira acadêmica, prestar concursos públicos ou atuar na consultoria mineral. Cada trajetória possui características específicas, variando em termos de investimento e riscos.

Sabendo os desafios enfrentados pela indústria de mineração são consideráveis, devido à   falta de mão de obra qualificada, as empresas de Daniel, que atuam na pesquisa mineral e consultoria, investem na capacitação contínua e alinham suas operações com as demandas do mercado, buscando sempre a eficiência e a gestão completa para seus clientes.

Tecnologias emergentes, como inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT), veículos autônomos e "digital twins", estão transformando o setor de mineração. Daniel investe em IA para seus negócios, a fim de melhorar processos minerários e ambientais, otimizando operações e gerando ganhos significativos em termos de tempo e economia.

Segundo o especialista, a inteligência artificial contribui de diversas maneiras para o setor mineral, desde a exploração e prospecção mineral até operações e manutenção, gestão de riscos e processamento de dados, otimizando processos, aumentando a segurança e reduzindo custos. “A tecnologia é fundamental para a competitividade atual e futura no mercado de mineração”, conclui.

A sustentabilidade também está no centro das operações das suas empresas, com iniciativas focadas na gestão responsável da água, redução de emissões de carbono e programas de recuperação de áreas mineradas. Quando questionado sobre demanda global por metais e minerais, ressaltou que esta está em constante evolução, impulsionada pelo crescimento da industrialização e urbanização. Daniel menciona que a transição energética, a digitalização e o desenvolvimento de infraestrutura em países emergentes criam diversas oportunidades para o setor. Minerais como lítio, cobalto e níquel são particularmente demandados devido à expansão de tecnologias de energia renovável e veículos elétricos. Cobre, calcário, manganês, ouro e rochas ornamentais também são muito procurados.

Assim, Kátia e Daniel visualizam, em sua discussão, um futuro do mercado promissor à mineração no Brasil. Daniel explica que isso se dá graças aos vastos recursos minerais do país e à crescente demanda global. As tendências apontam para uma adoção crescente de práticas sustentáveis, uso intensivo de tecnologias avançadas e diversificação de recursos minerais. Parcerias estratégicas e investimentos estrangeiros também são essenciais para fortalecer a infraestrutura e capacidades de mineração no país.

Concluindo a entrevista, Kátia questiona sobre planos de expansão das empresas do CEO. Daniel segue focado na captação de investidores e na melhoria contínua dos processos através da IA, a fim de entregar trabalhos de excelência e dentro dos prazos estabelecidos.

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