No mundo dos negócios, a capacidade de concentração, organização e tomada de decisões rápidas são habilidades frequentemente valorizadas. Porém, para alguns executivos, como o consultor estratégico Robson Profeta, a descoberta tardia do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) trouxe uma nova perspectiva desta vivência.

Ao longo da vida, Robson enfrentou dificuldades acadêmicas e sociais sem compreender completamente suas diferenças, mas isso não o impediu de alcançar sucesso no mundo dos negócios e se tornar um executivo c-level.

Foi somente na fase adulta que recebeu o diagnóstico de TDAH, um momento que mudou completamente sua visão sobre si. De repente, muitos dos desafios que enfrentou durante sua jornada começaram a fazer sentido, desde a procrastinação crônica até as dificuldades em manter o foco em tarefas cotidianas.

“Confesso que, até o momento de descobrir meu diagnóstico, foi muito difícil. Me achava muito diferente das demais pessoas que me cercavam e percebia que para poder sobreviver, precisaria utilizar de ferramentas específicas para poder ter menos prejuízos”, disse Robson. “Na verdade, não somos TDAH, nós temos TDAH e isso é muito importante, pois, até descobrirmos o diagnóstico, entendemos que somos falhos, esquecidos, distraídos e assim sucessivamente. A partir do momento que descobrimos o diagnóstico, entendemos que esses adjetivos não nos resumem ou definem e sim, que temos apenas algumas questões relacionadas ao nosso neurodesenvolvimento e que precisamos olhar para isto com a atenção merecida”, completou.

Apesar dos desafios oriundos do transtorno, ele nunca desistiu de trilhar uma trajetória de sucesso e ao invés de encarar como algo que o parasse, ele buscou estratégias para lidar consigo mesmo.  Atualmente, como executivo c-level, ele se sente feliz por ter alcançado o topo da carreira corporativa. “Me sinto feliz, apesar de ter um transtorno que realmente atrapalha muito. É claro que ter chegado ao posto que cheguei, acabo assumindo diversas responsabilidades que, quando mais jovem, sequer imaginei que fosse tê-las, como, por exemplo, liderar pessoas e ajudá-las na busca de suas realizações pessoais e profissionais”, relata. Ao decorrer do tempo, notou que tinha facilidade em lidar com questões lógicas e o mundo corporativo abriu as portas para ele nesta área. Com isso, aprendeu muito ao longo dos anos, o que o influenciou a investir na área de finanças.

Com o auxílio de profissionais e de uma rede de apoio solidária, transformou suas limitações em oportunidades de crescimento pessoal e profissional. Em qualquer área de atuação, os desafios surgirão e é preciso saber lidar com eles, encarando-os como uma oportunidade de crescimento. Além de entender isso, ele diz que é preciso exercitar o pensamento a longo prazo. Saber o que quer fazer, onde quer chegar, pois desta forma, é possível desmembrar os objetivos grandiosos em micro objetivos tangíveis e claro, ter clareza de que está conseguindo cumprir esses objetivos, afinal, a visão de metas concluídas é um grande agente motivacional.

Ele acredita que, para alcançar o sucesso, é fundamental alinhar talentos, objetivos com os valores pessoais. E sem dúvidas, estar fazendo aquilo que você goste, que te faça bem. “Provavelmente esta falta de análise seja uma das explicações para que a maioria das empresas feche antes de completar seus primeiros anos de vida”, comenta.

Neste contexto, além de suas conquistas no mundo dos negócios, o executivo destaca a importância de encontrar significado na vida pessoal. Ele valoriza momentos importantes com a família e cultiva diversas paixões e interesses para nutrir seu bem-estar mental e emocional.

Essas, entre outras reflexões, revelam não apenas as preferências e aspirações de Robson, mas também sua humanidade e desejo genuíno de impactar positivamente o mundo ao seu redor.

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