O Instituto Estúdio Mais, em parceria com a ONG G10 Favelas - bloco de líderes e empreendedores de impacto das favelas brasileiras - está realizando nesta semana um curso de capacitação gratuito para mulheres da favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. As moradoras da comunidade terão a oportunidade de aprender a serem designers de sobrancelhas, podendo posteriormente oferecer esse serviço e gerar renda.

O curso, ministrado pelas profissionais do Instituto, oferecerá às participantes formação em designer de sobrancelhas, e tem como objetivo transformar a vida dessas mulheres. “A vida feliz é aquela em que há liberdade. Quando a gente não depende de ninguém, podemos ser livres para fazer nossas próprias escolhas”, comenta Naira Ávila, CEO do Instituto Estúdio Mais. Para a empreendedora, a liberdade financeira possibilita às mulheres a oportunidade preciosa de dependerem somente de si mesmas.“Esse é o nosso maior desejo para as moradoras de Paraisópolis, por meio dessa ação”, resume a empreendedora.

No Brasil, as mulheres estão, cada vez mais, assumindo o papel de provedoras do lar. Segundo estudo recente realizado pela instituição Grupo Globo e o IBGE,  quase metade - mais de 48%- dos domicílios brasileiros têm mulheres como chefes de família, ou seja, como as principais responsáveis pelo sustento da casa e dos filhos.

“Eu não desejo para nenhuma mulher ter que depender de outras pessoas para comer, para comprar algo que queira, para fazer um curso, porque eu mesma já passei por isso no passado, e não queria mais estar naquela situação de sempre depender de alguém. Sabemos que as mulheres são maioria nas favelas e grande parte delas são mães solo e chefes de família, então nosso objetivo é mudar para sempre a vida dessas pessoas”, acrescenta Naira.

O certificado de conclusão do curso será entregue em 8 de março, que marca o Dia Internacional da Mulher, e no dia seguinte será realizada uma caminhada, para comemorar o Dia da Mulher, e também a formação das participantes. A expectativa é que de 30 a 50 mulheres sejam alunas da formação, com duração de 4 dias.

Vale lembrar que esse trabalho não é uma ação pontual, o projeto visa estar dentro da favela durante todo o ano de 2024, formando mais de 300 mulheres ao longo deste período.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!