Líderes de grandes empresas e startups revelam os principais ensinamentos que a pandemia trouxe para a realidade de seus negócios. Depois de um ano bastante desafiador como o de 2020, os CEOs pretendem seguir inovando diante de algumas mudanças que vieram para ficar. Em 2021, o objetivo é promover iniciativas para aprimorar ainda mais os processos internos e a experiência dos clientes. Confira:

Luís Toscano, vice-presidente de negócios da Embracon
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Luís Toscano, vice-presidente de negócios da Embracon

Para Luís Toscano, vice-presidente de negócios da Embracon, administradora independente especializada em consórcios, a primeira lição aprendida foi a adaptabilidade às mudanças. “Repensar estratégias, renovar produtos, redimensionar a estrutura de custos foi fundamental para manter a competitividade neste cenário. Já a flexibilidade de estrutura por conta do home office fez toda a diferença para o nosso negócio, garantindo a segurança de nossos colaboradores e clientes”, revela.

Felipe Buranello, CEO da Maria Brasileira, rede de franquias de limpeza e cuidados residenciais e corporativos, aprendeu a importância da agilidade nas tomadas de decisões e de estar próximo dos franqueados. “Compartilhar as ações para conter o impacto da crise foi fundamental para manter a parceria com a rede, por isso criamos canais de comunicação como podcasts e webinars, além de campanhas para ajudar as profissionais domésticas, pensando na questão da responsabilidade social”, afirma.

Lorelay Lopes, Head de Negócios do UP Consórcios
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Lorelay Lopes, Head de Negócios do UP Consórcios

Lorelay Lopes, Head de Negócios do UP Consórcios, fintech da Embracon, destaca que o primeiro impacto sentido foi a agilidade com que lidaram com Compliance e tecnologia. “Vivenciamos dificuldades com autorizações e prazos, principalmente no que diz respeito à segurança da informação. A inovação foi impulsionada como nunca antes, com comprometimento dos colaboradores, que mesmo em home office, não perderam o foco nos resultados”, diz a executiva. 

Para Pedro Rabelo, CEO do Bagy, plataforma que ajuda pequenos e médios varejistas a criarem seu próprio e-commerce, a resiliência foi importante para manter o negócio saudável na pandemia. "Como o setor cresceu extraordinariamente na crise, tivemos que nos adaptar rápido às novas demandas dos clientes, com equipes trabalhando 100% home office e ainda administrar as novas contratações. Não foi fácil, mas saímos mais fortes", diz Rabelo.

José Guilherme Honorato, CEO do PsicoManager
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José Guilherme Honorato, CEO do PsicoManager

José Guilherme Honorato, CEO do PsicoManager, ferramenta completa de gestão de clínicas e consultórios, aprendeu que atender às necessidades dos clientes no momento que ele precisa é fundamental para uma parceria duradoura. "Na crise tivemos que adaptar a plataforma com salas virtuais para atendimentos a distância. Mostramos aos clientes que estamos sempre dispostos a agregar valor e ajudá-los a oferecer uma experiência completa para os seus pacientes", diz.

As lições foram intensas para Denny Mews, CEO da CargOn, startup de logística que nasceu ainda no início da pandemia. "Apesar da logística ter tido um papel importante, principalmente no delivery, nós, no frete rodoviário de longa distância, tivemos novos projetos congelados. Por outro lado, um setor que é tradicional e praticamente não pensava na digitalização, começou a ouvir e aceitar. A adoção de novas tecnologias e saber como aplicá-las foi fundamental em todo esse processo”, afirma Mews.

Daniel Miari, cofundador da Inco Investimentos
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Daniel Miari, cofundador da Inco Investimentos

Durante a pandemia, Daniel Miari, cofundador da Inco Investimentos, fintech com modalidade de renda fixa imobiliária, aprendeu que um de seus hábitos como investidor e sócio de startup estava correto: é preciso ter sempre uma reserva de emergência. “É sempre importante estarmos preparados para alguma crise. Com esse aprendizado, aproveitamos as oportunidades que surgiram durante o período no mercado de investimentos”. 

Para Rodolfo Gomes, cofundador da PPT GO, scale up de tecnologia com foco em apresentações de alto impacto e vídeos interativos, a principal aprendizagem foi no âmbito da gestão de pessoas. “Sempre prezamos pela qualidade de vida da equipe. Desde o início da pandemia, oferecemos equipamentos e mobiliários para o home office e reembolso de consultas com psicólogo. Esse cuidado de olhar o time como seres humanos resultou em empenho e dedicação mesmo que à distância”, pontua. 

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Luana Ribeiro, CEO do Devninjas
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Luana Ribeiro, CEO do Devninjas

Luana Ribeiro, CEO do Grupo Devninjas, solução completa de produtos digitais, acredita que a principal aprendizagem de um contexto desafiador é a importância da criatividade. “Em um novo cenário é importante ter flexibilidade e agilidade para conseguir se adaptar ao que chega. E, nada impede que aconteçam outros momentos desafiadores. Então, cultivar uma mente criativa é essencial”, explica a executiva. 

Para Manoel Gonçalves, CEO da Arbo Imóveis, startup do mercado imobiliário, a principal lição que a crise ensinou foi a importância do cuidado com a experiência do cliente. “Neste momento de fragilidade, se preocupar se o consumidor usa o produto e está feliz com ele faz toda a diferença'', afirma o executivo. “Especialmente quando o processo todo é feito a distância, cuidar do cliente, entender as dores dele e propor soluções eficazes é o que vai alavancar a sua empresa”, completa. 

Cadu Guerra, CEO do Allugator
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Cadu Guerra, CEO do Allugator

A pandemia também fez com que Cadu Guerra, CEO do Allugator, startup de assinatura de eletrônicos, entendesse o quão importante é otimizar processos. Para ele, pensar em soluções que atendam às necessidades dos consumidores de forma prática, rápida e desburocratizada, é fundamental para se manter em um mercado cada vez mais competitivo. “Hoje, ser prático é tão importante quanto ter preços competitivos”, afirma Cadu.

Rômulo Martins, cofundador da Niduu, empresa que desenvolve um aplicativo para treinamento de colaboradores, acredita que a pandemia ressaltou a importância de ter empatia. “É através dela que nós conseguimos entender que as pessoas enfrentam  situações diferentes, e com condições diferentes”, declara Martins. “Por isso, é importante que o líder esteja sempre próximo e alinhado com a sua equipe, para tentar compreender  todos e dar a eles o apoio necessário”, completa.

A pandemia trouxe mudanças para Fernando Farias, CEO da Gofind, localizador de produtos que utiliza inteligência artificial para ajudar marcas a mostrar para o consumidor onde encontrar produtos disponíveis, já que foi no ano de 2020 que a startup fechou importantes parcerias, como com o Google e Intellibrand, e se tornou o primeiro localizador omnichannel do Brasil. “Foi a partir da compreensão que o comportamento do cliente mudou de maneira irreversível, que conseguimos ter um ano de muito sucesso e crescimento”, explicou. 

Para Vitor Lima, CEO do Magis5, Hub de Integração e Automação para vender em Marketplaces, 2020 trouxe um importante ensinamento. “O relacionamento próximo com o cliente é nossa prioridade, pois foi um dos principais fatores que nos fizeram crescer 350% em apenas um ano, mesmo com a crise econômica. Hoje, temos um time que foca na implantação da ferramenta e outro no suporte e isso é um grande diferencial no mercado. Tivemos um ano de excelentes resultados e conseguimos aumentar o tempo de vida do cliente na base”, finalizou. 

Segundo Bruno Rondani, CEO da 100 Open Startups, 2020 foi uma virada para o empresariado e a inovação se tornou essencial, e em 2021, ela passa a ser inevitável. “No ano passado aprendemos a trabalhar remotamente, neste, teremos que aprender a produzir inovação, testando, pivotando, errando e ajustando, com métodos ágeis, mutáveis, além de flexibilidade e ampliação do escopo de atuação”, afirma.

Já para Guilherme Melo, co-fundador da Vinho 22, título da holding de bebidas brasileiras, a pandemia trouxe dois ensinamentos que se conectam fortemente. “Lidar com a realidade e ter habilidade de adaptação é necessário, afinal, estamos aqui para atender alguma necessidade ou desejo do consumidor. Então, para uma oferta fazer sentido, precisa considerar o contexto atual’, explica o executivo. 

Por sua vez, Marco Ferelli, founder da Allya, HR tech com foco em benefícios corporativos e bem-estar financeiro dos colaboradores, identificou um método poderoso para os tempos de crise. “A MoSCoW é uma técnica ágil de priorização usada para buscar um entendimento comum entre os participantes sobre a importância atribuída a cada requisito a fim de ganhar velocidade nas implementações. É uma grande aliada em contextos de adaptação”, pontua.

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