Em 2016, quando escrevi o livro "Não Faça Birra, Faça Economia," eu, formado em economia e à frente de um parque temático, compreendi a importância de conscientizar as crianças sobre educação financeira. Aquele era o momento de plantar as sementes de uma nova geração financeiramente consciente. O tempo passou, e com a colaboração de muitos colegas, conquistamos resultados positivos significativos. Hoje, temos leis que regulam a educação financeira, acreditando firmemente que esta é a base para futuras gerações que serão grandes geradoras de riqueza.
Recentemente, fui surpreendido por números impressionantes sobre jovens no mercado de ações. Dados extraídos do site Bora Investir revelam que, do final de 2020 até o começo de outubro de 2021, houve um aumento de 45% no total de investidores com menos de 15 anos na Bolsa de Valores Brasileira, ultrapassando 21 mil contas. Estes números são surpreendentes e demonstram que uma nova geração está engajada em temas como cotação, custódia, day trade, dividendos, ações ordinárias e preferenciais.
Alguns pessimistas podem levantar a questão da acessibilidade, sugerindo que investir na bolsa é uma oportunidade restrita a poucos, ou a pessoas de classes sociais mais avantajadas. No entanto, eu me alinho aos otimistas. Acredito que os jovens de hoje estão buscando conhecimento e técnicas para operar nos pregões. Com a informação disponível na palma da mão, muitas vezes de forma gratuita, e a democratização dos investimentos, é possível começar a investir com quantias mínimas.
Essa tendência reflete uma mudança significativa no comportamento das novas gerações. Eles estão provando que podem revolucionar o mundo das finanças. A acessibilidade à informação e as plataformas de investimento mais amigáveis são fatores que contribuem para essa transformação. É essencial que nossos governantes incentivem ainda mais essas novas gerações, promovendo programas educacionais que explicam o como e o porquê dos investimentos. Uma sólida educação financeira pode levar a um consumo mais consciente e a um futuro próspero.
Além disso, a presença de jovens na bolsa de valores pode ter impactos positivos a longo prazo. Jovens investidores tendem a ser mais inovadores e abertos a novas ideias, o que pode levar a um dinamismo renovado no mercado financeiro. Eles também trazem uma perspectiva de longo prazo, pois têm mais tempo para absorver riscos e aprender com suas experiências. A inclusão de mais jovens no mercado de ações pode estimular um ambiente financeiro mais diversificado e resiliente.
Instituições educacionais e financeiras devem unir esforços para fornecer os recursos e o suporte necessários para que esses jovens possam prosperar. Programas de mentoria, workshops e plataformas educacionais interativas são ferramentas valiosas que podem guiar os jovens investidores em sua jornada. Além disso, a criação de comunidades de jovens investidores pode proporcionar um espaço para troca de experiências e suporte mútuo.
Em resumo, o crescente interesse dos jovens pelo mercado de ações é uma tendência extremamente positiva. Eles estão se equipando com o conhecimento e as ferramentas necessárias para construir um futuro financeiro sólido. Com o apoio adequado, essa geração pode se tornar a espinha dorsal de um mercado financeiro mais inclusivo e inovador. Portanto, é crucial que continuemos a promover e incentivar a educação financeira, assegurando que todos os jovens tenham a oportunidade de aprender, investir e prosperar. Estes jovens não são apenas o futuro, mas já estão moldando o presente do mundo das finanças.