Futuro do trabalho traz o coworking como norma, não exceção

Espaços flexíveis e colaborativos redefinem os padrões tradicionais de trabalho e oferecem suporte para as empresas

Daniel Moral, CEO e cofundador da Eureka Coworking

Nos últimos anos, o ambiente de trabalho mudou na velocidade da luz. Com o surgimento dos modelos híbridos pós-pandemia e as transformações nas condições de negócios, as empresas começaram a lidar com desafios que nunca antes imaginaram que teriam e precisaram passar por um enorme movimento de adaptação.

Por outro lado, essa dinâmica trouxe novas questões que exigiram total atenção das marcas, estimulando o surgimento de novos formatos. E, sem dúvidas, os coworkings são os principais exemplos disso. Não à toa, o relatório Global Coworking Growth Study, realizado pelo portal Coworker junto da consultoria Coworking Resources, prevê que até este ano existam 40 mil espaços desse tipo no mundo.

Como os coworkings promovem uma adaptação rápida e personalizada para as empresas?

Podemos resumir a ideia básica dos coworkings em duas palavras valorizadas pelas lideranças de praticamente todos os segmentos do meio corporativo: eficiência e inovação. São espaços flexíveis e colaborativos, que redefinem os padrões tradicionais de trabalho e oferecem suporte para as empresas nessa nova fase do mercado.

Ou seja, estamos falando de ambientes que atendem às necessidades específicas das companhias. O conceito de “built to suit”, por exemplo, vem como uma categoria de produto do setor que permite a personalização do espaço para refletir a identidade visual do cliente, mantendo o benefício de estar em uma estrutura compartilhada, onde todos os facilities são terceirizados.

Por que os coworkings são facilitadores de comunidades?

Os coworkings vão além de um simples escritório bem equipado. Esses espaços colocam em contato empresas de diferentes segmentos e profissionais especializados em diversas áreas. Assim, criam uma comunidade pluralizada de negócios que fomenta um ambiente saudável e prolífico. 

As trocas de ideias entre eles o desenvolvimento de novos projetos têm a capacidade de gerar parcerias estratégicas, impulsionando o crescimento empresarial e a economia como um todo. Seja nos eventos de networking, happy hour ou no dia a dia mesmo, em um café ou almoço, essa pluralidade de pensamentos de pessoas faz a magia acontecer.

Quais os ganhos operacionais para a empresa ao optar por um coworking?
Ao escolher um ambiente de coworking, as empresas também podem esperar uma série de benefícios aparecendo diretamente “no papel”. Para se ter uma ideia, os profissionais que trabalham nesses espaços economizam em média cerca de 22% em custos operacionais, como mostra um estudo da Deskmag. 

A variedade de serviços compartilhados, como internet e limpeza, eliminam a necessidade de investimentos em infraestrutura própria, permitindo que as marcas foquem no que realmente importa: o negócio em si. Todo o resto, toda a parte burocrática e chata de organização de escritório, fica com o coworking.

O futuro do trabalho será em um coworking?

Não há startup ou corporação incompatível com os coworkings, qualquer organização pode aderir a esses espaços com contratos rápidos, de início imediato e que se adequam à sua realidade. Diante disso, podemos dizer com todas as letras que a possibilidade do futuro do trabalho ser totalmente centrada nesses ambientes é real. 

Vivemos em um mundo extremamente conectado e digital, por isso alternativas como essa podem ser o caminho para as marcas mergulharem no mercado moderno. O crescimento desse setor reflete a busca das empresas por soluções dinâmicas e eficazes. E, acima de tudo, os coworkings possuem propósitos sólidos para existirem, característica essencial que deve ser cada vez mais valorizada no futuro.