O veganismo tem ganhado cada vez mais adeptos pelo mundo, seja pelo viés político ou de saúde. Como o varejo supermercadista é o principal canal de compra do cliente, houve um grande aumento na quantidade e qualidade de produtos veganos sendo comercializados, contexto comprovado pela IZIO&Co, principal plataforma de ativação varejista. Segundo pesquisa conduzida pela empresa entre os meses de setembro e outubro, em São Paulo, feita com mais de 2 mil usuários da sua plataforma de cashback, o Mangos, 54,06% das pessoas consomem itens dessa categoria.
De acordo com o estudo, o valor alto de cashback foi apontado como um dos maiores motivos desse tipo de compra (37,25%), seguido do fato de se tratarem de ingredientes de alta qualidade e sustentáveis (24,62%). Outros 20,36% respondentes disseram que a razão é a variedade de opções e 10,18% receberam recomendações de um amigo ou influenciador de confiança.
Para o CMO e CPO da IZIO&Co, Rodrigo Matheus, os números mostram que cashback é um grande aliado dos varejistas no momento de abraçar não só a tendência do veganismo, mas também do flexitarianismo (dieta flexível, em que há uma busca pela diminuição de alimentos de origem animal e acréscimo daqueles de origem vegetal). “Hoje, 44,61% do público compra produtos veganos em supermercados e 42,17% diz que encontra essas alternativas com facilidade. Ou seja, é totalmente possível que as marcas construam estratégias para uma melhor exposição dos seus portfólios junto aos supermercados, além de desenvolverem novidades que atraiam novos consumidores. E, dentro dessa missão, o cashback pode intensificar a experimentação e ainda mais a fidelização de clientes, já que garante atratividade e condições melhores ao shopper que está buscando novas opções que comprar”, afirma.
Quais são os rumos do mercado vegano?
Já no que se refere às tendências em si, o levantamento da startup ainda indica que os dois produtos veganos que lideram a experimentação das pessoas são os leites vegetais (33,44%) e os análogos de carne (21,83%). Além disso, quando perguntados sobre que tipo de inovação querem ver na área para o futuro, os maiores desejos são por novos sabores (36,07%) e novas categorias (14,78%).
Por essa razão, diversas empresas, principalmente do setor alimentício, estão trabalhando em soluções que atendam uma rotina vegana. No Brasil, um desses casos é a NotCo, foodtech global e principal referência de alimentos à base de plantas.
As parcerias da indústria com companhias de food service também têm ajudado a contribuir com o crescimento do segmento, uma vez que outra pesquisa, desta vez produzida pelo The Good Food Institute (GFI), revela que 18% das pessoas provam produtos da categoria fora de casa, para depois comprarem no varejo. Os dados ainda mostram que 51% da população brasileira quer diminuir o consumo de ingredientes de origem animal e 90% deseja experimentar opções vegetais.
Com isso, grandes redes de fast food e restaurantes de alta gastronomia com estrelas no guia Michelin já adotaram alternativas, receitas e soluções dessa modalidade para seus cardápios. Thomas Endler, diretor de Vendas e Trade Marketing da NotCo, destaca que esse movimento ressalta que estamos diante de um mercado que veio para ficar, visto que todos os dias mais pessoas escolhem fazer a transição para uma dieta mais sustentável, reduzindo a quantidade de alimentos e bebidas originadas de animais no dia a dia sem excluí-las completamente. “Mais da metade da população brasileira hoje se declara vegana, vegetariana ou flexitariana e tem consistentemente incluído protudos plant based na sua rotina alimentar. Em parte porque estes produtos estão mais disponíveis e acessíveis e também porque a qualidade dos produtos plant based evoluiu muito nos últimos anos”, finaliza Thomas.